24 fevereiro 2006
Conflitos Geracionais...
Destaco aqui alguns dos mais assinaláveis e absolutamente dignos de uma séria reflexão:
- Geração Rasca;
- Geração Extasy;
- Geração Viagra;
- Geração Windows;
- Geração Cartoon's (mais recente);
- Sem Geração;
- E tantas outras que sei que cada um de vós se lembrará de postar em comentário;
Pois bem, é precisamente no dinamismo exercido por cada uma, e no seu conjunto, destas "Gerações" que assenta hoje a nossa democracia representativa!
Senão, vejamos então possíveis associações:
- Geração Rasca - Geração dos descredibilizam qualquer reforma política séria, como por exemplo a Reforma Administrativa do País ou a Reforma do Sistema Político Português;
- Geração Extasy - Geração dos que não querem parar mas estão desde sempre paralisados;
- Geração Viagra - Geração dos que ascendem ao poder e murcham em 3 tempos;
- Geração Windows - Geração dos que pensam que o choque tecnológico é solução para tudo;
- Geração Cartoon's (mais recente) - Geração dos que perdoam e invocam o perdão e esquecem facilmente os seus maiores pecados - deslealdade e intolerância;
- Sem Geração - Geração dos que criticam sempre aqueles que os elegem e não se revêem no Povo que representam. Um excelente exemplo: o deputado voador;
- E tantas outras que sei que cada um de vós se lembrará de postar em comentário - Espero que o JPP não venha aqui postar que é a Geração do Lixo Bloguista;
Seria uma perfeita injustiça não clarificar o sentido deste post. Assim sendo, permito-me a partilhar com os meus Caros Gladiadores aquilo que me move a escrever desta forma. Faço-o, porque acredito cada vez mais que o verdadeiro espírito e sentido de Cidadania não reside na heterogeneidade geracional, mas sim na inequívoca e irrepreensível coragem de assumir compromissos assentes em verdadeiras ideologias! Este espírito (ou forma de estar, vulgarmente apelidada de postura ou cultura) só é digno daqueles que demonstram por acções aquilo que verbalizam circunstancialmente.
Aquilo a que hoje assistimos na vida política portuguesa é o embrião da verdadeira revolução geracional: todos os que se orgulham de pertencer a determinada Geração estão fartos e cansados dos representantes geracionais que elegem. É por isso que, mais cedo ou mais tarde, teremos uma nova lógica de governação: a dos que são da Geração das Gerações!
É exactamente isso, a Geração dos que focam apenas as outras Gerações, i.e., aqueles que já perceberam que Governar apenas e só faz sentido para as Gerações Vindouras, com políticas de longo prazo e estruturalmente assentes em verdades e realismos sócio-económicos.
22 fevereiro 2006
Marques Mendes e a Regionalização
Estes argumentos são preocupantes. Preferia que Marques Mendes dissesse que é contra a Regionalização e por isso contra a reintrodução da sua discussão na sociedade portuguesa. Pelo menos seria uma posição politicamente defensável. Mas os argumentos que adiantou são muito negativos. Constituem ou um absurdo ou um erro, uma irresponsabilidade e um perigo.
O PSD, como maior partido da oposição e como partido de alternativa de poder, não pode resumir-se a dois ou três temas. Os temas do PSD têm de ser os temas de Portugal, independentemente do número. Ou será que agora o PSD vai deixar de ter posições sobre a Saúde, a Educação, a Administração Interna, a Política Externa ou a Defesa, por estas não terem directamente a ver com «o crescimento económico, a competitividade, o combate ao desemprego e as condições para que Portugal cresça»?! É um absurdo. E é tão absurdo que o Presidente do PSD não segue as suas próprias palavras. De facto, recentemente começou a dedicar certas semanas a temas específicos: já realizou a Semana da Justiça e a Semana do Turismo, nas quais se reuniu com responsáveis e visitou instituições do sector. E já estão previstas semanas dedicadas a outros temas. Se assim não fosse, seria um absurdo.
Tanto que alguns dirão logo: «Não, não é que o PSD deixe de ter posição sobre outros temas. Obviamente que tem. A questão é que na sociedade mediática de hoje um partido deve centrar-se em dois ou três temas, para mais facilmente passar a mensagem». Aqui deixa de ser um absurdo e passa a ser um erro, uma irresponsabilidade e um perigo.
É um erro porque corre-se o risco de deixar à margem pessoas que consideram importante debater outros temas para além desses dois ou três e não vêem o PSD a responder afirmativamente a essas suas expectativas.
É uma irresponsabilidade porque estamos a falar de Portugal. A estratégia do PSD não pode ser apenas uma estratégia de oposição pela oposição, mas uma estratégia de oposição pela alternativa de poder. Outros limitam-se a duas ou três bandeiras mediáticas porque não têm a expectativa de formar uma maioria e, portanto, apostam em supostos nichos de eleitorado. Não é assim o PSD. Ser assim é uma irresponsabilidade.
É um perigo porque é uma cedência à política-espectáculo que a sociedade mediática hoje reclama, mas que o sentido de Estado de um partido como o PSD deve rejeitar. Ouvimos constantemente políticos e analistas a lamentarem a limitação mediática do debate político. Ouvimo-los constantemente a lamentarem a redução da política ao sound-byte. Ouvimo-los constantemente a rejeitarem os populismos mediáticos. Pois bem: aqui está em causa uma via de combate a esses fenómenos. Pretender que o PSD se limite a dois ou três temas para cumprir as “regras” do mediatismo político é um perigo. Claro que não se pode ser ingénuo ao ponto de achar que o PSD ou qualquer outro partido pode ignorar a sociedade mediática em que vivemos. Mas também não se pode aceitar que o PSD se limite a essas “regras” do mediatismo político! Uma tal cedência à política-espectáculo é um perigo.
Resumindo, o PSD devia falar a todos os portugueses; falar das várias matérias de interesse nacional, independentemente do seu número; falar tendo em atenção a realidade mediática, mas sem se limitar a ela sempre que o interesse nacional assim o exija.
Portanto, os argumentos de Marques Mendes não convencem. Mas ainda que convencessem, o tema da Regionalização deveria na mesma ser trazido para a ordem do dia. É que a defesa da Regionalização não se justifica por bairrismo, por capricho ou por moda. A defesa da Regionalização justifica-se pelo interesse nacional, pelo crescimento económico, pelo emprego.
A Regionalização é de interesse nacional porque permitirá dinamizar a Res Publica ao nível regional e assim corrigir as assimetrias regionais. Já há uns dias referi os custos de oportunidade de ainda não termos um país regionalizado. Não vou repetir. Apenas digo que por isso acredito que a Regionalização vai ajudar a desenvolver as regiões – e, portanto, o país.
Pelo que concluo dizendo isto: Dr. Marques Mendes, as suas prioridades são o crescimento económico, a competitividade, o combate ao desemprego e as condições para que Portugal cresça? De acordo! Traga então para o debate público a Regionalização, que é uma preciosa ajuda para lá chegar. A Regionalização insere-se nessas suas prioridades. A Regionalização é uma das soluções para essas prioridades. A Regionalização é urgente.
21 fevereiro 2006
Túnel de Ceuta II - Rui Rio constituído arguido
«Estou constituído arguido e respondi nessa condição. O dossier tem a ver com o túnel de Ceuta e o crime de que potencialmente poderei ser acusado pelo Ministério Público é o de ter desrespeitado o embargo decretado pelo IPPAR e de ter lesado o Museu Soares dos Reis», afirmou.
«Parece-me um bocado destituído de sentido, na exacta medida em que se o buraco do túnel de Ceuta está lá é justamente porque o embargo está respeitado, senão tínhamos feito a obra», disse Rui Rio.
Classificando toda a situação de «absurda», Rui Rio escusou-se a fazer mais declarações, afirmando que o segredo de justiça deve ser respeitado. «Já cá vim muitas vezes [ao DIAP], podem trazer-me cá as vezes que entenderem, que eu não deixarei de defender aquilo em que acredito», limitou-se a acrescentar.
A aprovação do projecto do Túnel de Ceuta encerra uma polémica que começou no início de 2005 com o chumbo, pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), da obra que a empresa municipal de Gestão de Obras Públicas (GOP) do Porto tinha já em execução no terreno sem a necessária aprovação prévia do instituto. A saída do Túnel de Ceuta foi embargada por se encontrar na zona do protecção do Museu Soares dos Reis.
O Túnel de Ceuta foi inaugurado em 29 de Julho de 2005 por Rui Rio mas apenas com uma saída junto ao Jardim do Carregal, dado a outra, na Rua D. Manuel II, ter sido embargada pelo Ministério da Cultura.
A informação de que Rui Rio tinha sido notificado para comparecer no DIAP do Porto tinha sido avançada esta manhã pelo vice-presidente da autarquia portuense, Álvaro Castelo Branco. Falando numa sessão pública camarária, Álvaro Castelo Branco justificou assim o facto de ser ele e não Rui Rio a presidir aos trabalhos."
in Visão Online - 2006/02/21
19 fevereiro 2006
Regionalização, pois, mas como?
13 fevereiro 2006
Depois do Porto... Algarve!
O cerco a Marques Mendes parece apertar, embora todos digam que o próximo Congresso será única exclusivamente de revisão estatutária. A ver vamos...
10 fevereiro 2006
P(l)ano de Fundo...
"Fique para ver, já a seguir ao intervalo, quem será o próximo!!!..." poderia dizer o Carlos Malato se de uma 'Herança' se tratasse a CPN do PSD.
Mas como assim não é, começa a preocupar-me esta falta de entendimento de alguns militantes para com o rumo do partido (quiçá também com a Comissão Política Nacional e, até, com o líder em particular), fragilizando a imagem do maior partido da oposição, descredibilizando-o perante os eleitores.
Com curiosidade observo que Vasco Rato aconselha o partido a "reflectir mais sobre o país" e as reformas que defende. Já há dias (Segunda-feira) uma carta enviada à CPN sugeria um tema de discussão urgente nos tempos que correm, com uma resposta negativa de Marques Mendes.
Não querendo envolver-me em qualquer movimento anti-este ou pró-aquele, começo a perguntar-me se há um plano de oposição (pensado, medido, discutido, repensado, elaborado e em acção) ao Governo de Sócrates ou se a direcção de Partido e bancada se limita a contrariar o PS e a responder afirmativa ou negativamente aos 'desejos' da base da pirâmide, que parecem, por vezes, esquecer-se ser ainda a forma de organização do partido.
Vasco Rato demitiu-se da Comissão Política Nacional do PSD in Jornal de Notícias
Túnel de Ceuta
A diferença deste plano agora aprovado para o plano proposto para a autarquia é quase irrisória e, na minha humilde opinião de cidadão, piorou. Aquela mancha em frente ao museu (à qual não dou 2 meses até ficar preta, feia, esburacada, etc.) não acrescenta nada a coisa nenhuma, excepto à paciência dos condutores que não poderão exceder os 30 km/h.
Túnel de Ceuta: Rio levou a melhor in Portugal Diário
Túnel de Ceuta desbloqueado in Portugal Diário
Túnel pronto em Julho in Jornal de Notícias (com 'foto' do novo plano)
Permitam-me que inclua neste post uma adenda. Hoje, 11 de Fevereiro, o Primeiro de Janeiro explica todas as alterações e expõe algumas reacções. Mais uma vez me salvo de grandes comentários: o evidente, já sobejamente conhecido, expõe-se...
09 fevereiro 2006
Cartoons e Freitas do Amaral
Sem querer 'descontinuar' a interessante, abundante e complexa temática da Regionalização, não quis deixar passar este outro assunto sem o partilhar convosco e auscultar as vossas opiniões:
"Os partidos da oposição criticaram hoje o conteúdo do comunicado do ministro dos Negócios Estrangeiros sobre as polémicas caricaturas do profeta Maomé, acusando Freitas do Amaral de ter omitido a condenação da violência e a solidariedade para com a Dinamarca."
Declaração do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros sobre a publicação dos "cartoons" sobre Maomé:
A liberdade de expressão, como aliás todas as liberdades, tem como principal limite o dever de respeitar as liberdades e direitos dos outros.
"Cartoons de Maomé: oposição e Manuel Alegre criticam Freitas do Amaral", 08/02/2006 - Lusa, in http://www.publico.clix.pt/
07 fevereiro 2006
Está formado o 2º quinteto!
Está assim constituído o 2º quinteto do Arquipélago!
Esperamos ainda muitos mais, mas, entretanto, já cá estamos 10 Gladiadores.
Bons post's!
Regionalização ou mais uma hipocrisia - Parte III
Algumas questões cuja resposta (que todos aqui no Arquipélago poderemos almejar encontrar) será um factor crítico para o sucesso político da Regionalização:
1. Que critérios de atribuição de verbas serão melhores para não se correr o risco de criar regiões ricas e outras pobres?
2. Qual o contributo de um futuro modelo regionalista na redução da macrocefalia e desertificação existentes no País?
3. A distância e a acessibilidade entre o Cidadão e os Eleitos, aumenta ou diminui?
4. Quais são as diferenças entre Regiões Políticas e Regiões Administrativas?
5. Qual é a melhor estrutura política para cada Região?
6. Existe, ou não, actualmente, redundância nos mecanismos de representação?
7. A Regionalização contribui mais para uma Democracia Participativa ou para uma Democracia Representativa?
8. A representatividade dos Cidadãos deve ser proporcional à sua dimensão demográfica?
9. A regionalização é “um meio” ou “um fim” para o urgente processo de reforma da administração pública?
10. Qual poderá ser o papel do Cidadão numa administração regional, para além do seu voto?
11. A informação à Comunidade é mais ou menos regular, com a Regionalização? Induz, ou não, uma maior e mais regular participação?
12. Quais são os verdadeiros conflitos existentes entre Planos Directores Municipais e Planos Directores Regionais?
13. Serão necessários mais técnicos para arrancar com esta máquina que os já existentes e disponíveis nas CCDR’s?
14. É possível contar com a mobilidade de quadros da administração central para fazer face a necessidades regionais? Estarão os mesmos actualmente em situação excedentária?
15. As competências administrativas serão acompanhadas por similares competências políticas?
16. Que nível de desagregação de competências será emanado por tal reforma?
17. Que nível de aproveitamento de fundos comunitários poderíamos manter? Melhor que o actual?
18. Haverá economias de escala suficientes nos sistemas inter-municipais?
19. A Regionalização é um mecanismo para multiplicar vagas para "quadros" de carreira política?
20. A Regionalização vai estimular o aparecimento de elites locais?
21. Haverá um aumento do conflito institucional entre Regiões e Governo, favorecendo uma maior participação dos Cidadãos?
22. As regiões, ao concorrerem entre si com medidas de atracção de residentes e actividade economica, poderão ser um factor de desenvolvimento sócio-económico?
06 fevereiro 2006
Desconcentração, Descentralização, Regionalização
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A cada dia que passa estamos a pagar um custo por essa oportunidade que não agarrámos: menor eficiência, maior burocracia, menor criatividade, menor atracção de investimento, menor dinamismo da Res Publica ao nível regional. E esse custo de oportunidade é demasiado caro para a actual situação do país.
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02 fevereiro 2006
Regionalização ou mais uma hipocrisia - Parte II
De acordo com a dimensão geográfica e concentração demográfica em polos bem definidos, concordo em absoluto com 5 regiões autónomas.
O que deve ser atribuído de competências e responsabilidades a cada uma das regiões?
Exactamente aquelas que hoje se verificam nas RA Madeira e Açores.
Que poderes?
Idem.
Quem os deve exercer?
Um governo regional, ficalizado por uma Assembleia Regional.
Por votação directa das populações ou por votação indirecta?
Consequentemente, directas!
Com direito a acumular cargos ou não?
Nunca!
O exercício do cargo público, local ou central, a ser encarado numa via de exclusividade, confere ao seu titular a disponibilidade, liberdade e coerência necessárias para o cumprimento dos objectivos por si definidos, sem qualquer tentação de mistura de lobbies ou interesses diferenciados.
Precisamente porque é vital esta regra, defendo também uma outra: os mandatos devem ser limitados a 3 exercícios (ou legislaturas).
Desta forma, os melhores serão reconhecidos para novas e mais “notórias” funções de acordo com o seu desempenho regional, quiçá de âmbito nacional.
A meritocracia poderá ser facilmente instituída pela análise à qualidade de gestão dos vários gestores regionais existentes, na tentativa de ter os melhores no Governo Central, agregador dos vários resultados regionais.
Este modelo de governação tem que ser transversal a todas as áreas governativas e não um pretexto para a criação de mais “monstros” na Administração Pública.
Julgo até que seria possível eliminar muitos do (in)úteis Institutos Públicos hoje existentes.
Julgo ser este o tipo de abordagem que os diferentes responsáveis políticos têm que desenvolver. A bem do esclarecimento e formação da população!
Regionalização ou mais uma hipocrisia - Parte I
Fazendo apelo à memória e lembrando que apesar de terem, de forma absolutamente inaceitável e prejudicial para o país, conduzido o resultado do referendo para a derrota há alguns anos, ainda há pouco tempo (na vigência dos governos da coligação PSD-PP) andavam aí umas modas de Comunidades Urbanas como última descoberta alternativa à regionalização.
É bom que a discussão seja séria porque o tema é sério. Que não seja usado o populismo da outra vez nem se inventem soluções aberrantes. Que não haja hipocrisia e se explique o que mudou e porque agora são a favor os que antes eram contra.
Por mim, já na altura do referendo fui a favor da regionalização. Acho que a dimensão do nosso país vai bem com a divisão em 5 regiões que coincidam com as Comissões Regionais já existentes e os vários sectores da vida nacional devem assumir dar contributo para essa divisão. Desde a Educação à Saúde, da Jústiça à Administração Interna, da Cultura à Segurança Social.
E vamos mas é começar a discutir o que deve ser atribuído de competências e responsabilidades a cada uma das regiões.
Que poderes? Quem os deve exercer? Por votação directa das populações ou por votação indirecta? Com direito a acumular cargos ou não?
É para discussões deste tipo que eu gostava de trazer a contribuição dos meus amigos (e como era bom que o grupo se alargasse...)
01 fevereiro 2006
O que faltou e o que falta...
Foi precisamente isso que faltou ao ministro da Economia: referir o trabalho de Cadilhe à frente da API e situar um sintoma de aparente inversão da crise no seu devido plano. É, indiscutivelmente, um começo, sinal da confiança que o Governo soube transmitir aos investidores estrangeiros e resultado das favoráveis condições que são oferecidas a esse investimento. Mas falta muito.
Falta que a economia europeia, particularmente a alemã, consolide os índices de recuperação; falta que os empresários portugueses acreditem na inversão de ciclo e arrisquem novos investimentos; falta, entre outros pormenores decisivos, que as exportações reflictam uma nova realidade. Algumas destas observações já foram referidas por Basílio Horta, incluindo a valorização do trabalho de Miguel Cadilhe. A tarefa está bem entregue.
P.S. – Sócrates continua a jurar que não sabia que Alegre estava a falar. Imagine-se o estado em que ficou o líder do PS na noite eleitoral: cego, surdo... E só não ficou mudo porque não podia.