01 fevereiro 2006
O que faltou e o que falta...
O seu a seu dono: a vaga de investimento estrangeiro que se anunciou é fruto do trabalho de Miguel Cadilhe. Muito ou pouco – cerca de 400 milhões de euros – o facto deve ser entendido como positivo, sem que signifique o princípio da retoma económica.
Foi precisamente isso que faltou ao ministro da Economia: referir o trabalho de Cadilhe à frente da API e situar um sintoma de aparente inversão da crise no seu devido plano. É, indiscutivelmente, um começo, sinal da confiança que o Governo soube transmitir aos investidores estrangeiros e resultado das favoráveis condições que são oferecidas a esse investimento. Mas falta muito.
Falta que a economia europeia, particularmente a alemã, consolide os índices de recuperação; falta que os empresários portugueses acreditem na inversão de ciclo e arrisquem novos investimentos; falta, entre outros pormenores decisivos, que as exportações reflictam uma nova realidade. Algumas destas observações já foram referidas por Basílio Horta, incluindo a valorização do trabalho de Miguel Cadilhe. A tarefa está bem entregue.
P.S. – Sócrates continua a jurar que não sabia que Alegre estava a falar. Imagine-se o estado em que ficou o líder do PS na noite eleitoral: cego, surdo... E só não ficou mudo porque não podia.
Foi precisamente isso que faltou ao ministro da Economia: referir o trabalho de Cadilhe à frente da API e situar um sintoma de aparente inversão da crise no seu devido plano. É, indiscutivelmente, um começo, sinal da confiança que o Governo soube transmitir aos investidores estrangeiros e resultado das favoráveis condições que são oferecidas a esse investimento. Mas falta muito.
Falta que a economia europeia, particularmente a alemã, consolide os índices de recuperação; falta que os empresários portugueses acreditem na inversão de ciclo e arrisquem novos investimentos; falta, entre outros pormenores decisivos, que as exportações reflictam uma nova realidade. Algumas destas observações já foram referidas por Basílio Horta, incluindo a valorização do trabalho de Miguel Cadilhe. A tarefa está bem entregue.
P.S. – Sócrates continua a jurar que não sabia que Alegre estava a falar. Imagine-se o estado em que ficou o líder do PS na noite eleitoral: cego, surdo... E só não ficou mudo porque não podia.
Raúl Vaz in Jornal de Negócios - 26/01/2006