03 dezembro 2006

Flexisegurança

Um dia destes, estava eu a folhear uma destas revistas que habitualmente não dizem nada de jeito quando me deparei com um artigo que me parece, de certa forma, interessante. Partilho-o convosco:
"Flexisegurança? Parece nome de colchão!
Trememos de medo quando o Governo anunciou a sua intenção de adoptar em Portugal a Flexisegurança, um modelo económico que facilita despedimentos e flexibiliza horários de trabalho, mas, teoricamente, reforça a protecção social em caso de desemprego. A notícia adiantada pelo Diàrio Económico (DE), revela que o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, José Vieira da Silva, terá garantido na Cimeira Ibérica que decorreu em Badajoz a 25 e 26 de Novembro, que o Governo quer aplicar este regime, já usado na Dinamarca.
A confirmar-se esta intenção, o Governo estará a esquecer-se de que este país do Norte da Europa possui um nível de vida superior ao de Portugal e também que a nossa Segurança Social está em falência, como nos informam há já vários anos. Ainda de acordo com o DE, a Flexisegurança será transposta para o Código do Trabalho português no final de 2007 e entrará em vigor em 2008.
Em declarações à agência Lusa, uma fonte oficial do Ministério do Trabalho e da Segurança Social desmentiu o jornal, afastando a ideia de que o Governo queira adoptar este modelo e reconhecendo apenas que está em curso uma revisão do Código do Trabalho. "Se vai haver ou não alguma coisa inspirada na Flexisegurança? Talvez, mas não é o modelo de Flexisegurança!, assegurou esta mesma fonte.
Caríssimo José Socrates, se é para nos equiparar à Dinamarca, dê-nos primeiro as contas bancárias recheadas dos dinamarqueses. Só então quereremos copiar (de bom grado) Copenhaga. Por agora, parece-nos mais uma forma encapotada de alterar o Código do Trabalho em benefício dos patrões."
in GraziaActual nº46
Mais notícias sobre este assunto aqui: Diário Económico, Sol, Público, Diário Digital.

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Comments:
Esta é uma das muitas iniciativas para distrair... Se a moda pega, estamos feitos! Inventam-se factos políticos (para ver se cola) e depois adiam-se as reformas estruturantes de que o País carece. Bji!
 
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